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Quando devo levar o meu filho ao Psicólogo?

Atualizado: 30 de out. de 2024

São muitos os mitos existentes acerca do acompanhamento psicológico com crianças e adolescentes, especialmente nas faixas etárias mais tenras. Os pais, preocupados com o bem-estar e ajustamento psicológico dos seus filhos, temem, frequentemente, solicitar apoio psicológico.



Quando os nossos filhos têm febre, dor ou algum outro sintoma físico, imediatamente agendamos uma consulta com o pediatra. Mas, quando eles estão com algum problema que afeta a saúde mental e bem-estar psicológico, nem sempre conseguimos identificar os sinais de forma imediata. Em outras situações, existe o receio de reconhecer que se precisa de ajuda com o medo de os pais serem classificados como não sendo competentes ou sendo os culpados pela condição atual da criança.

Reconhecer a difícil missão de ser pai e enfrentar este desafio recorrendo ao apoio psicológico é um ato que manifesta um profundo sentido de responsabilidade e respeito. Tal decisão não revela incapacidade ou fraqueza dos pais, mas antes um forte sentido de pertença e entrega pelos seus filhos, devendo, por isso, ser aplaudida.



Existem inúmeros motivos que podem levar pais e responsáveis a procurar um psicólogo.


Quando devo recorrer ao Psicólogo Infantil ?


O psicólogo infantil é um profissional especializado que pode ser um forte aliado na promoção do desenvolvimento harmonioso das crianças.

A criança evidencia algum comportamento prejudicial à sua qualidade de vida como, por exemplo:

Dificuldades

  • Comportamentais: agressividade;

  • Emocionais, tais como a ansiedade, fobia, isolamento social e depressão;

  • Relacionais com pais, professores, colegas ou outros;

  • Atenção e concentração;

  • Aprendizagem.

Perturbações

Situações familiares impactantes como adoção, divórcio, maus-tratos

Processo de luto

Alterações ou distúrbios alimentares tais como recusa alimentar, anorexia e bulimia


A partir de que idade as crianças podem recorrer ao psicólogo ?


O psicólogo infantil inicia o atendimento a crianças por volta de 1 ano e meio de idade.


Em que consiste o acompanhamento de Psicologia Infantil ?


O apoio psicológico é feito numa perspetiva de intervenção breve e com fases distintas.


O psicólogo infantil tem uma formação que lhe permite estabelecer com a criança uma relação que lhe forneça segurança para encarar o espaço proporcionado enquanto momento de partilha e validação emocional. A forma de falar, o tom e a postura que usa criam um ambiente de acolhimento e confiança.


Antes do início da psicoterapia, o psicólogo realiza entrevistas iniciais com os pais para reunir informações sobre a história da criança e da família. Só após esse contacto inicial, é que o psicólogo tem condições para avaliar a condição psicológica e, posteriormente, o número de sessões que necessitará, assim como a periodicidade das mesmas.


Habitualmente, as sessões têm um carácter semanal numa fase inicial, passando depois para quinzenais até a fase do follow up (por ex: monitorização de 3 em 3 meses ou 6 em 6 meses que pode ser realizada presencialmente ou pelo telefone).


Como é realizado o acompanhamento de Psicologia Infantil ?


Durante a psicoterapia, o psicólogo utiliza, essencialmente, recursos lúdicos para compreender os sentimentos, pensamentos e angústias das crianças através das brincadeiras. É de salientar que cada criança e cada faixa etária exige recursos específicos para a sessão fluir.


Por sentir-se aceite e compreendida no contexto que lhe é proporcionado, a par das estratégias utilizadas por estes profissionais, verificam-se melhorias significativas no comportamento das crianças em casa e na escola.


A saúde mental e psicológica das crianças e adolescentes jamais deverá ser ignorada.


Não desvalorize os sinais que as crianças e os adolescentes vão apresentando porque todos os sintomas são reais!


Lembre-se que não é possível “carregar num interruptor e desligar os sintomas”. Os problemas de Saúde Psicológica não dependem da “força de vontade”, é natural que, por muito que a criança ou adolescente queira sentir-se melhor e comportar-se de forma diferente, não o consiga fazer.



Procurar ajuda é um sinal de força e não de fraqueza.



Autora: Marisa Marques | Psicóloga Clínica e Neuroterapeuta

 
 
 

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